Vice-líder do governo diz estar 'indignado' com comportamento do PT na Câmara

Indignação que já havia sido demonstrada mais cedo, em plenário, se deve ao posicionamento da bancada do partido em relação à reforma da Previdência
Do Estadão Conteúdo
Publicado em 18/02/2016 às 20:30
Indignação que já havia sido demonstrada mais cedo, em plenário, se deve ao posicionamento da bancada do partido em relação à reforma da Previdência Foto: Foto: Agência Brasil


O vice-líder do governo na Câmara, Silvio Costa (PSC-PE), disse nesta quinta-feira (18) estar "indignado" com o comportamento do PT na Casa. Segundo Costa, a indignação que já havia sido demonstrada mais cedo, em plenário, se deve ao posicionamento da bancada do partido em relação à reforma da Previdência.

Apesar de o governo ter anunciado esta semana que quer colocar o texto para votação no Congresso Nacional em 60 dias, o Planalto ainda não conta com total apoio dos parlamentares petistas.

Costa enfatizou o empenho dele e do atual líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), de dialogar com a oposição. "Estamos conversando inclusive com os líderes do PSDB e do DEM para votarem a favor da reforma. Hoje eu fiquei indignado com o comportamento do PT, que comunicou que vai se reunir na próxima semana para dizer se é a favor ou contra à reforma da Previdência. Eu não aceito esse tipo de comportamento. O PT está trabalhando a favor da presidente Dilma ou contra ela?", questionou. 

O vice-líder do governo fez ainda um apelo para que o PT "feche questão" a favor da reforma da Previdência, como já foi solicitado pela presidente em reunião no início da semana. Em seguida, o líder do partido da Câmara, Afonso Florence (PT-BA), rebateu as críticas, dizendo que "os parâmetros pelos quais o vice-líder se baseou inexistem". 

De acordo com Florence, a posição do PT até agora é a mesma de Dilma. "A presidente disse que a reforma não pode ter retirada de direitos. Essa é a posição do PT. Além disso, a reforma tem que sair do fórum."

Para Florence, se a presidente achasse que a reforma deveria ser votada agora, teria pautado o debate do fórum há mais tempo, porém isso só foi feito nesta quarta-feira (17).

"A presidente diz que a reforma da Previdência não vai incidir na saúde fiscal desse governo. Se perguntar a minha prioridade, eu quero enterrar o famigerado fator previdenciário, portanto considero que todos os aspectos dessa realidade venham à pauta. Nós temos que garantir a tributação dos ricos e implementar políticas para a retomada do emprego e da renda", afirmou.

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