Em sua primeira eleição presidencial bem-sucedida fora do Brasil, João Santana atuou na campanha de Mauricio Funes, que iniciou em 2009 um mandato que durou até 2014 em El Salvador. Durante a presidência de Funes, a Polistepeque Comunicación y Marketing S.A. de C.V. - subsidiária da Polis no país centro-americano - conquistou contratos de publicidade com o governo, o que levantou suspeitas trazidas à tona pela oposição e por jornais salvadorenhos.
A Casa Presidencial negou sucessivos pedidos feitos por jornais do país para divulgar os números com base na Lei de Informação Pública vigente no país. A resposta do governo foi negativa, com o argumento de que os contratos estariam sob sigilo para preservar a evitar conceder "vantagem indevida entre os próprios meios de comunicação" em licitações.
O bloco parlamentar liderado pelo partido Alianza Republicana Nacionalista (Arena) tentou formar, em junho do ano passado, uma comissão para investigar os contratos um pedido formal de informações sobre os valores recebidos pela empresa de Santana.
Os dados, segundo os legisladores, seriam obrigatoriamente públicos. A coleta de assinaturas, no entanto, fracassou e a investigação não foi aberta.