O ministro do Trabalho, Emprego e Previdência, Miguel Rossetto, demonstrou confiança na derrota do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Congresso Nacional. Segundo Rossetto, a presidente não cometeu crime de responsabilidade e, portanto, o pedido de impeachment é uma "aventura", que causa desordem na política e na economia.
"Essa proposta será derrotada pelo Parlamento brasileiro. Há um tema objetivo: não há crime de responsabilidade cometido pela presidente Dilma Rousseff", afirmou Rossetto a jornalistas, após participar, no Rio, de reunião sobre o trabalho nos Jogos Olímpicos de 2016.
Rossetto afirmou que o governo trabalha para recompor sua base, tanto na comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa o pedido de impeachment quanto no Senado, que poderá dar o aval final para a abertura do processo, caso o pedido seja aprovado no Plenário da Câmara. Por isso, alternativas como recorrer ao Supremo Tribunal Federal, em última instância, não estão na mesa, disse o ministro.
Na visão de Rossetto, como a presidente Dilma não cometeu crime de responsabilidade, o seguimento do processo de impeachment é uma "aventura irresponsável". "É jogar o País num desastre e numa desordem política, institucional e econômica. O Brasil não merece e não vai conviver com esse cenário. A legalidade será imposta, será assegurada, a Constituição não será rasgada e a democracia não será pisoteada. A presidente Dilma irá governar o País e cumprir o mandato eleito", afirmou o ministro.
Rossetto aproveitou para atacar o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), réu em investigação da força-tarefa da Operação Lava Jato. "Essa aventura política liderada pelo deputado réu Eduardo Cunha é absolutamente inaceitável por parte da sociedade brasileira e será rapidamente derrotada", disse o ministro. Segundo Rossetto, a "pauta irresponsável" é liderada por um "deputado réu", disse em referência ao peemedebista.