O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou que foi vítima de "manobras do jogo político de má-fé", de pessoas que querem "denegrir" a sua imagem com fatos "inexistentes". Após ser acusado de manobrar para tentar se livrar do processo de cassação no Conselho de Ética, Cunha mandou alterar nesta quarta-feira (30), o projeto de resolução que muda a composição de todas as comissões da Casa. Segundo ele, a resolução "nunca mexeu com o Conselho de Ética e com nada pretérito".
"Nós vamos tirar qualquer menção a qualquer natureza de eleição por conta disso, mas não haveria a menor necessidade, a resolução que estava sendo levada a votação ontem ao plenário era clara e nítida que não tinha qualquer interferência no Conselho", defendeu o parlamentar. Pela proposta inicial aprovada nessa terça, 29, pela Mesa Diretora, havia a interpretação de que a nova composição das bancadas após a janela para troca-troca partidário alteraria não só as comissões permanentes, mas também o Conselho de Ética.
O presidente da Casa explicou que o Conselho de Ética possui um artigo em seu regimento que estabelece a sua presunção de manutenção daqueles que foram eleitos. Sobre o processo contra ele que está sendo analisado pelos parlamentares, Cunha disse que não se trata de uma "disputa". "Quero que minha defesa seja apresentada, que meus direitos sejam respeitados, que não façam as manobras que fazem lá, que o PT se comporte no Conselho assim como se comporta na comissão do impeachment. A alguns falta coerência, isso é o jogo político", completou.