Dilma propõe diálogo nacional, caso supere impeachment

Segundo ela, apesar das incertezas do momento atual, o governo não tem deixado de trabalhar um só minuto
Da ABr
Publicado em 13/04/2016 às 18:09
Segundo ela, apesar das incertezas do momento atual, o governo não tem deixado de trabalhar “um só minuto” Foto: Foto: José Cruz Agência Brasil


Em pronunciamento na cerimônia que marcou nesta quarta-feira (13) a renovação do contrato do Terminal de Contêineres de Paranaguá,a presidenta Dilma Rousseff afirmou  que, caso o impeachment seja derrotado neste fim de semana na Câmara dos Deputados, vai propor um “grande pacto” com todos os segmentos da sociedade para superar a crise e retomar o crescimento econômico.

Segundo ela, apesar das incertezas do momento atual, o governo não tem deixado de trabalhar “um só minuto”; continua trabalhando para cumprir suas metas. “Estamos fazendo parcerias com setor privado para investir em infraestrutura, visando a geração de empregos”, disse.

“Trabalharei todos os dias até o final do meu mandato, em 31 de dezembro de 2018. É por esse compromisso que estamos lutando sem descanso para superar o golpe na forma de impeachment sem crime, que estão imputando ao país”, disse.

Dilma também disse ter certeza que os brasileiros estarão ao seu lado na votação impeachment. “Vamos vencer a batalha contra o golpe, que é o impeachment sem base legal. A partir da próxima semana, com essa página virada, nós vamos iniciar a repactuação das condições para superar a crise e retomar o crescimento”.

De acordo com a presidenta, o governo dará continuidade às ações que tem desenvolvido e chamará o país para o que chamou de “grande pacto”. “Um diálogo nacional, em todos seguimentos, não só político, mas com empresários, trabalhadores e todos os que querem um país melhor”, afirmou.

Durante a cerimônia, o ministro da Secretaria de Portos, Hélder Barbalho, mostrou dados que indicam que o setor portuário tem crescido no país.

Em meio a notícias de que partidos da base aliada têm se afastado do governo, e anunciado que votarão pelo impeachment da presidenta, Barbalho deu apoio a Dilma.

“Nos portos não há crise. Os números mostram que desde 2003 crescemos 70% na movimentação portuária no Brasil. Projetamos até 2042 crescermos 103% na demanda de movimentação portuária no Brasil. Me orgulho de fazer parte da sua equipe”, afirmou, dirigindo-se a ela.

Segundo o ministro, nos cinco meses que está à frente da secretaria, foram autorizados R$ 8,6 bilhões do total de R$ 25 bilhões investidos no setor desde o lançamento do Programa de Investimento em Logística, em 2012. De acordo com ele, os números demonstram “claramente que o governo garante e constrói cenário positivo”.

A renovação antecipada do contrato entre o terminal de contêineres e o governo federal vai permitir a ampliação da capacidade anual do terminal para movimentar e armazenar carga. De acordo com a Secretaria de Portos, mais um milhão de contêineres serão movimentados a cada ano.

“Isso significa que o governo e o Brasil estabelecem segurança jurídica e estabilidade institucional, que fazem com que os investidores internacionais e nacionais possam acreditar no Brasil”, disse o ministro.

O terminal de Paranaguá será expandido para uma área de quase 490 mil m², incluindo a construção de um novo cais público com 220 metros de extensão. Atualmente, o terminal ocupa área de 320 mil m². Entre os principais produtos movimentados no porto estão carnes, grãos, algodão e açúcar; madeira, celulose, eletroeletrônicos, agrotóxicos, veículos e autopeças.

O contrato atual, que venceria em 2023, foi ampliado para 2048. Como contrapartida, a empresa vai desembolsar R$ 1,1 bilhão em novos investimentos e substituição de equipamentos. Segundo o governo, R$ 543 milhões são recursos novos que serão  distribuídos na operação da unidade e na modernização do terminal. No período de 2024 a 2048, haverá investimento de R$ 548 milhões.

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