Cerca de 80 pessoas fazem protesto em frente à casa de Temer em SP

Os estudantes ficaram por volta de uma hora em frente à casa do vice e não houve nenhum tipo de confusão
Do Estadão Conteúdo
Publicado em 21/04/2016 às 10:49
Os estudantes ficaram por volta de uma hora em frente à casa do vice e não houve nenhum tipo de confusão Foto: Foto: Elaine Patricia Cruz / Agência Brasil


Cerca de 80 manifestantes do movimento Levante Popular da Juventude fizeram um ato na manhã desta quinta-feira (21), em frente à residência, em São Paulo, do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB-SP). Observados por cerca de 25 seguranças da Vice-Presidência e 10 policiais militares, eles picharam "QG do Golpe" no chão em frente à casa. Eles espalharam cópias coloridas da capa da Constituição Federal, fotos do vice com a inscrição "Golpista" e cópias de notas de 100 dólares estampadas com a imagem do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Um dos manifestantes fez uma espécie performance com a máscara de Michel Temer na qual simulou rasgar a Constituição. Os jovens cantavam palavras de ordem entre elas "Vazou áudio, vazou imagem, vaza Temer". 

"Viemos aqui denunciar que Temer está fazendo uma conspiração e um golpe contra a democracia", afirmou Larissa Sampaio, coordenadora do movimento. "No fundo, se articulou nos bastidores um projeto de poder conservador do PMDB e PSDB que tem um fundo liberal que já conhecemos no passado e que pretende reinstalar no Brasil ações como privatização de empresas públicas e retirada dos direitos dos trabalhadores."

Natural do Ceará, Larissa tem 27 anos e estuda Direito na FMU em São Paulo. "Eu pensei que a minha geração faria a revolução. Contudo, o que estamos vendo é um retrocesso da democracia no Brasil", comentou.

Para Thiago Pacheco, um dos participantes do protesto, o grupo deve continuar uma jornada de manifestações pacíficas para "deixar claro à sociedade o golpe que está em curso no País". 

O movimento Levante Popular da Juventude programou fazer manifestações nesta quinta em São Paulo e no Ceará. No cronograma de ações, eles pretende, de hoje até 27 de abril, continuar fazendo manifestações nas principais na cidade do País "Vamos participar das manifestações do dia 1º de Maio junto com as instituições e partidos contrários ao impeachment da presidente Dilma para reforçar à população que não vai ter golpe", disse Larissa. 

Os estudantes ficaram por volta de uma hora em frente à casa do vice e não houve nenhum tipo de confusão.

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