A presidenta Dilma Rousseff vai a Palmas neste sábado participar de uma cerimônia que vai marcar a entrega de diferentes projetos ligados à agropecuária, aquicultura e educação. A agenda na capital de Tocantins ocorre em meio a diversas viagens que a presidente tem feito com o objetivo de entregar obras e projetos que estavam faltando, antes que o Senado analise a admissibilidade do processo de impeachment contra ela, na semana que vem.
Ao lado da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, que é senadora pelo estado e é a última peemedebista que permanece no governo, Dilma inaugura a sede própria da Embrapa Pesca e Aquicultura, que desenvolve pesquisas na área e trabalha com sistemas integrados e sustentáveis da produção agropecuária. Antes, os trabalhos da Empresa Brasileira de Pesquisa e Agropecuária no setor eram feitos em instalações alugadas.
De acordo com Kátia Abreu, o ministério da Agricultura investiu R$ 80 milhões no centro de pesquisa. “Será uma referência internacional na área”, informou, por meio de sua conta pessoal no Twitter.
A presidente também deverá anunciar a criação da Universidade Federal de Araguaína, com a transformação do campus da Universidade Federal de Tocantins e o curso de medicina da universidade no município tocantinense.
Durante o evento, a presidente também vai assinar projeto de lei de criação da Agência Matopiba (região formada pelo Tocantins e partes do Maranhão, Piauí e da Bahia).
Além disso, será apresentado o Plano Diretor da região, que tem se consolidado como a mais nova fronteira agrícola do país. O Matopiba é formado por terras do Sul do Maranhão, de todo o território do Tocantins, do Sul do Piauí e do Oeste da Bahia. Com 337 municípios distribuídos em 73 milhões de hectares, o território tem quase 6 milhões de brasileiros e 324 mil estabelecimentos agrícolas.
Próxima dos portos de Belém, de São Luís, de Pecém (CE) e de Suape (PE), a região caracteriza-se pelo baixo preço das terras e pela uniformidade do clima, do solo e do relevo, que facilitam a mecanização agrícola e têm atraído cada vez mais agricultores. A região se ressente, no entanto, da falta de uma malha rodoviária mais eficiente para o escoamento.
Durante o ato, também será assinado cooperação do projeto Embrapa – BNDES Aquicultura, que vai contar com investimentos de R$ 57 milhões. A maior parte dos recursos (80%), que serão utilizados em pesquisa de aquicultura e pesca, é proveniente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, sendo 10% do Ministério da Agricultura e 10% da própria Embrapa.