Como numa corrida, o deputado Mandetta (DEM-MS) foi o primeiro suplente a conseguir registrar presença no plenário do Conselho de Ética no início da tarde desta terça-feira (14). Milésimos de segundo separaram ele do segundo suplente a marcar presença, o deputado Marcelo Aro (PHS-MG), da "tropa de choque" do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Se votar hoje, Mandetta apoiará o pedido de perda de mandato do peemedebista.
Mandetta chegou antes da abertura do plenário e aguardou na porta. Carlos Marun (PMDB-MS), fiel aliado de Cunha, chegou 30 minutos depois do democrata. Com receio de não conseguir registrar presença primeiro no computador, Marun chamou Aro para garantir que, na ausência de algum titular do bloco partidário, alguém alinhado com Cunha fizesse valer seu voto.
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A corrida aconteceu no dia crucial para o Cunha: a votação do parecer que pede sua cassação. Os suplentes disputam o registro da presença porque a regra no colegiado estabelece que na ausência do titular do bloco, vota o suplente que registrou presença primeiro. Mesmo mandando avisar que virá e discursará em plenário, a deputada Tia Eron (PRB-BA) ainda não havia chegado até às 14h10 no Conselho, Desde que faltou, na sessão passada, há dúvidas se ela realmente comparecerá hoje.
Do bloco parlamentar que tem o PMDB, Mandetta é suplente e substitui o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que viajou em missão oficial e era voto garantido pela cassação de Cunha. O deputado Ricardo Izar (PP-SP), suplente do mesmo bloco, também correu ao computador para garantir um voto contra Cunha caso Mandetta não fosse rápido suficiente.