Dilma diz que grupo ligado a Temer quer impedir investigações sobre corrupção no Brasil

Se a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) esbanjou simpatia e gentileza ao falar sobre a recepção que teve no Recife nesta sexta-feira (17), por outro lado não poupou críticas ao presidente interino Michel Temer (PMDB) e seu grupo político. A petista enfatizou que a chegada do peemedebista ao poder só resultará em prejuízos para o País.

"As gravações mostram e dizem que um dos motivos (do impechment) é impedir que as investigações sobre corrupção avancem', afirmou.

Embora seja bastante criticada por não ter colocado em prática, no seu segundo mandato, promessas de campanha feitas em 2014, Dilma condenou as ações de Temer à frente da presidência da República.

"Executaram um programa que não foi o programa executado nas urnas. Ninguém aprovou acabar com o pré-sal. Os gastos com Educação sejam reduzidos porque na prática serão", falou. 

Repetindo uma postura de outras entrevistas, Dilma chamou os jornalistas com quem conversou no Recife de "meu querido e minha querida" e falou sobre o retorno à capital pernambucana, agora na condição de presidente afastada.

"Uma recepção muito calorosa, com muita energia, com acolhimento, uma recepção que faz bem para a alma de quem recebe", disse.

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Os articuladores de Dilma trabalham para que ela vença a batalha no Senado quando ocorrer a votação que definirá o seu destino político. No Recife, a presidente demonstrou confiança.

"As articulações no Senado estão bem. Estamos dialogando", disse.