Em Pernambuco, a votação nas eleições municipais deste domingo (2) terminou com 68 pessoas presas em todo o estado por crimes eleitorais. O balanço foi divulgado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), que considerou "tranquilas" as eleições.
A maioria dos detidos é de eleitores, e os motivos variam, como boca de urna e compra de votos. Do total, cinco são candidatos. A única detida a pleitear o cargo de prefeita é Sônia Medrado (PEN), candidata em Santa Maria da Boa Vista. Os outros são candidatos a vereador: Jairo da Justiça (PCdoB), de Jaboatão dos Guararapes; Fúlvio Cavalcante (PP), da cidade de João Alfredo; Matheus Lins (PCdoB), de Olinda; e Pelé (DEM), de Macaparana.
O presidente do TRE-PE, desembargador Antônio Carlos Alves da Silva, considerou o resultado positivo. "A eleição foi tranquila, e nós estamos agradecidos. A democracia prevaleceu, e o povo demonstrou que é ordeiro", afirmou. "A reforma eleitoral ajudou muito, diminuiu o tempo [de propaganda] dos candidatos [no rádio e na televisão], não teve financiamento de empresas e a paridade dos candidatos foi igualitária."
O secretário de Defesa Social de Pernambuco, Alessandro Carvalho, destacou que a segurança das eleições foi garantida com um efetivo 11% menor que o do último pleito. "Considero que o planejamento foi perfeito porque não precisamos fazer nenhum remanejamento de tropa para situações de gravidade. Foram deslocamentos pontuais", disse Carvalho. Para o secretário, foi a eleição mais tranquila dos últimos anos.
O TRE/PE informou que 421 urnas deram algum problema técnico em Pernambuco, das quais 224 foram substituídas. Essas substituições representam 1,15% do total de máquinas usadas no estado.
Além disso, houve falta de energia em 11 municípios, mas, segundo o TRE, isso não afetou a votação, porque a urna é equipada com uma bateria que garante autonomia ao aparelho por 10 a 12 horas.