Temer convida base aliada para jantar e discutir PEC dos gastos

A mudança para os próximos 20 anos, que cria um limite nas despesas públicas com base na inflação dos anos anteriores, é considerada prioridade número 1 do Palácio do Planalto neste momento
ABr
Publicado em 04/10/2016 às 16:38
A mudança para os próximos 20 anos, que cria um limite nas despesas públicas com base na inflação dos anos anteriores, é considerada prioridade número 1 do Palácio do Planalto neste momento Foto: Foto: Valter Campanato/Agência Brasil


O presidente Michel Temer fez um convite aos deputados da base aliada para um jantar no próximo domingo (9), no qual será discutida a proposta de emenda à Constituição (PEC) que estabelece um teto para os gastos públicos. Ao participar, no início da tarde de terça-feira (4), de reunião com líderes de partidos aliados ao governo, Temer fez um apelo para que a PEC seja aprovada.

A mudança para os próximos 20 anos, que cria um limite nas despesas públicas com base na inflação dos anos anteriores, é considerada prioridade número 1 do Palácio do Planalto neste momento.

 Para o líder do Solidariedade, deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SP), o objetivo do jantar é garantir quórum na Câmara na semana que vem, já que o cronograma do governo prevê que a matéria seja aprovada no plenário já na próxima segunda-feira (9).

Reforma da Previdência

Segundo Paulinho, o momento atual é de a base concentrar esforços na aprovação do teto para os gastos governamentais. “Só depois vamos discutir Previdência. Até porque arrumar o caixa não é algo a se fazer de um dia para o outro. Isso não salva o rombo”, disse o deputado.

“Para amenizar [esse problema], precisamos fazer o Refis da dívida [das empresas com a Previdência], que é de mais de R$ 370 bilhões. É preciso também cobrar do agronegócio, que não paga Previdência, e rediscutir o que é filantropia. Outra frente de medidas que pode ajudar a amenizar o problema com a Previdência é acabar com algumas desonerações que, na verdade, são bolsa-empresário”.

Paulinho reiterou que não há possibilidade de a Força Sindical apoiar aumento da idade mínima para a aposentadoria de quem já está no mercado de trabalho. De acordo com o deputado, que é também presidente da Força Sindical, a primeira reunião de Temer com os presidentes de todas as centrais sindicais para discutir a Previdência está marcada para a próxima terça-feira (11).

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