Depois de acompanhar o começo da apuração de votos do segundo turno na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o presidente da corte, Gilmar Mendes, disse que a eleição de hoje (30) “transcorreu em clima de paz e normalidade” mesmo nos municípios que precisaram de reforço de segurança, como São Luiz, Curitiba, Porto Alegre e Rio de Janeiro.
Segundo Mendes, a ocupação de algumas escolas em Santa Catarina e no Paraná por movimentos estudantis geraram custos para a Justiça Eleitoral, que teve que alterar alguns locais de votação. No entanto, o tribunal ainda não tem um levantamento do gasto total com essas mudanças.
Ao comentar a situação de candidatos eleitos que respondem a ações na Justiça, Mendes disse que a reforma política pode evitar que essas situações se repitam nas próximas eleições. Um dos casos é o do prefeito de Montes Claros (MG), Ruy Muniz (PSB), que disputa o segundo turno sub judice, depois de ter sido preso pela Polícia Federal acusado de prejudicar hospitais públicos da cidade para beneficiar instituição de sua família.
“Esse é um problema do modelo eleitoral adotado, que encurtou o prazo de campanha e de registro. Este debate está se travando no Congresso Nacional para novas eleições. Tem uma fase de pré-registo mais alongada para que os processos possam ser julgados antes das eleições”, disse o presidente do TSE.