Velório de Marisa Letícia será neste sábado, no Sindicato onde ela e Lula se conheceram

A morte cerebral de Marisa, 66, foi declarada pela manhã, depois de sofrer um AVC (Acidente Vascular Cerebral) no dia 24
JC Online
Publicado em 03/02/2017 às 19:07
A morte cerebral de Marisa, 66, foi declarada pela manhã, depois de sofrer um AVC (Acidente Vascular Cerebral) no dia 24 Foto: Foto: Instituto Lula


O velório da ex-primeira dama Marisa Letícia Lula da Silva, mulher do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, será realizado no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. O corpo de dona Marisa será velado neste sábado (4), das 9h às 15 h, no mesmo local onde ela e o ex-presidente se conheceram.

Posteriormente, haverá uma cerimônia de cremação, como ela desejava, no Cemitério Jardim da Colina. 

A morte cerebral de Marisa, 66, foi declarada pela manhã, depois de sofrer um AVC (Acidente Vascular Cerebral) no dia 24 e ficar internada no Hospital Sírio-Libanês durante nove dias.

Jovens e viúvos

Marisa Letícia e Lula se casaram em 1974, ambos viúvos de seus primeiros casamentos. Juntos, tiveram três filhos.

O casal se conheceu quando Lula era líder do sindicato dos metalúrgicos em São Bernardo do Campo. Ela estava grávida de quatro meses e havia perdido o marido, um motorista de táxi, durante uma tentativa de assalto.

Desde então, a neta de imigrantes italianos, que cresceu nesta cidade, berço do sindicalismo brasileiro, se tornou o sustentáculo na sombra do esmagador carisma de seu marido.

Lula adotou seu filho, Marcos, e Marisa, que começou a trabalhar ainda criança e passou anos em uma fábrica de chocolate, o acompanhou na luta contra a ditadura (1964-1985), nas greves de 70 e 80 e na fundação do PT em 1980.

Sua grande apresentação à nação aconteceu em 1º de janeiro de 2003, quando apareceu radiante, vestida de vermelho, e com os característicos cabelos loiros e ondulados posse de Lula.

Oito anos depois, o casal deixava Brasília com uma popularidade recorde.

Tempestade

Mas tudo começou a desmoronar em 4 de março de 2016. Ao amanhecer daquela sexta-feira, agentes da Polícia Federal entraram na casa do casal e levaram Lula em condução coercitiva para depor sobre seu suposto envolvimento na gigantesca rede de corrupção na Petrobras.

Apontado pelo Ministério Público Federal como um dos principais agentes do esquema, Lula é alvo de várias denúncias.

Em uma delas, relacionada à propriedade de um triplex em Guarujá (litoral de São Paulo), o nome de Marisa é citado.

Segundo o MP, a propriedade teria sido doada a Lula pela construtora OAS, em troca de serviços para obter contratos com a Petrobras.

Lula sempre negou as acusações e denuncia uma perseguição judicial para impedi-lo de se apresentar à eleição presidencial de 2018.

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