A definição do titular da presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no Senado caberá ao PMDB, mas a bancada ainda não escolheu um nome para ocupar a vaga. Nesta terça-feira (7) o líder do partido, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que é importante ter uma resolução ainda nesta tarde, já que é a CCJ que fará a sabatina de Alexandre de Moraes, indicado para o Supremo Tribunal Federal (STF).
Uma reunião da bancada está agendada para 15 horas. Para agilizar a decisão, Renan disse que não participará do almoço com o presidente da Argentina, Mauricio Macri, que está em visita oficial a Brasília.
"É fundamental resolvermos hoje essa indicação. Estou trabalhando duramente para entregar hoje esse nome e acelerar a indicação de Alexandre de Moraes para o STF", afirmou Renan. Como líder do PMDB, cabe ao senador indicar o presidente da CCJ, mas ele tem buscado acordo para não criar divergências na bancada.
Renan tem defendido o nome do senador Edison Lobão (PMDB-MA) para a vaga. A proposta, entretanto, sofre resistência, uma vez que o parlamentar é alvo da Operação Lava Jato. Outros senadores também têm interesse na vaga, o que gera uma disputa interna. Marta Suplicy (PMDB-SP) e Raimundo Lira (PMDB-PB) se colocaram como candidatos.
Sem consenso, o PMDB tem feito reuniões quase que diárias para discutir o tema. Renan disse que prefere que a questão seja resolvida por acordo, sem necessidade de uma votação interna na bancada.