Homem de confiança do governo, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) acaba de ser confirmado presidente da comissão especial da Reforma da Previdência na Câmara. Marun foi eleito com 22 votos.
Ele disputou com os candidatos avulsos Pepe Vargas (PT-RS) - que teve oito votos - e Major Olímpio (SD-SP), que recebeu apenas quatro votos. A sessão de instalação foi marcada por questões de ordem da oposição e tentativas de postergar o andamento dos trabalhos. A oposição alega que o governo quer votar o projeto à toque de caixa.
Assim que Marun confirmou a indicação de Arthur Maia (PPS-BA) para a relatoria da Proposta de Emenda à Constituição, o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) apresentou reclamação formal dizendo que o relator foi financiado por empresas diretamente interessadas na reforma previdência.
Na reclamação, Valente afirma que Maia recebeu recursos na campanha de 2014 de bancos e seguradoras interessadas na mudança das regras da Previdência. No documento, Valente questiona a isenção do deputado para o exercício da função e faz um apelo para que não seja designado para a relatoria, assim como qualquer deputado que tenha recebido doações de empresas com interesse na reforma da Previdência.
Marun ignorou o pedido e manteve Maia no posto. "O impedimento é uma questão de foro íntimo, o que não é o caso", respondeu Marun