Cármen Lúcia não deixará o STF e conciliará função com o magistério

Mais cedo, havia sido especulada a possibilidade da ministra se aposentar em 2018
Estadão Conteúdo
Publicado em 20/03/2017 às 16:35
Mais cedo, havia sido especulada a possibilidade da ministra se aposentar em 2018 Foto: Foto: Agência Brasil/Arquivo


A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, afirmou nesta segunda-feira (20) que pretende combinar a função de presidente do STF com o magistério. A ministra disse que quer voltar a dar aula no princípio de 2018 na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC), em Belo Horizonte. Cármen Lúcia é professora licenciada da instituição, lotada na Faculdade Mineira de Direito (FMD). "Estou com saudades dos meus meninos", disse, se referindo a alunos. Questionada se seria possível acumular os dois trabalhos, Cármen Lúcia afirmou que sim, dando exemplo do ex-ministro Teori Zavascki, que foi professor na USP enquanto integrante do tribunal.

A presidente deu palestra em aula inauguração da faculdade, nesta segunda-feira (20). Na chegada à escola, passou por protesto contra o STF e foi chamada por uma manifestante de golpista. A ministra avaliou como normal o protesto. "É da democracia. Se não fosse aqui, seria na sala de aula", afirmou.

Presidência do Supremo

Cármen Lúcia tomou posse como presidente do Supremo em setembro do ano passado para mandato de dois anos. Mineira, ela foi indicada ao tribunal em 2006 pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A ministra foi advogada e procuradora do Estado de Minas Gerais. Ela é a segunda presidente mulher do Supremo. A primeira a assumir o posto foi a ministra Ellen Gracie, também a primeira mulher a integrar a Corte.

 

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