Após a delação da marketeira Monica Santana, em que ela afirmou ter pago despesas da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), como o cabeleireiro Celso Kamura, no valor de R$ 40 mil para atendimento no Palácio da Alvorada, o presidente Michel Temer afirmou que é preciso de que o Poder Judiciário julgue a petista.
"Quanto à questão do cabeleiro, essas coisas que saíram, eu compreendo a angústia popular, eu compreendo a revolta popular. Vamos deixar que o Judicário examine isso. Não temos que colocar isso como um ponto definitivo. Da mesma maneira que eu falei das eventuais acusações em relação a muitos, eu digo em relação a essa senhora que se manifestou sobre a ex-presidente", disse Temer, em relação à delação de Monica Santana.
A fala de Temer foi concedida em em entrevista à Rádio Jornal, em Brasília, na manhã desta segunda-feira (15). O repórter Romoaldo de Souza participou de uma entrevista do peemedebista com 11 veículos de comunicação do País. Na mesma entrevista, Temer negou que seu filho Michelzinho, de oito anos, tenha uma babá paga pelos cofres públicos.
"Não se pode incriminá-la desde já. Deve-se aguardar que o Judiciário examine. O judiciário é que vai decidir. Esta é a regra do nosso sistema. Não é a pessoa quem delata quem condena. Quem condena é o Poder Judiciário", afirmou Michel Temer.
Temer afirmou, ainda, que a operação Lava Jato será "útil" ao País. "A Lava Jato está prestando um serviço ao País. Eu não nego, as pessoas não negam, que é uma coisa útil. Nós estamos passando por uma fase de transição. E isso ocorreu logo depois que se proibiu a contribuição de pessoas jurídicas para os candidatos", disse.
"Eu acho que isso não está sendo a velha história, para usar o chavão, 'o Brasil passado a limpo'. Isso vai melhorar muito os costumes daqui para a frente. Tenho certeza", acrescentou o presidente.