Presa em cela individual, irmã de Aécio Neves tem foto vazada

Vazamento de foto de Andrea Neves, acusada de pedir dinheiro em nome de seu irmão, será investigada pelo serviço de inteligência da Seap
JC Online
Publicado em 18/05/2017 às 21:37
Vazamento de foto de Andrea Neves, acusada de pedir dinheiro em nome de seu irmão, será investigada pelo serviço de inteligência da Seap Foto: Reprodução


Presa nesta quinta-feira (18), a jornalista Andrea Neves, irmã do senador e presidente licenciado do PSDB, Aécio Neves (MG), irá ocupar uma cela individual no Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, localizado em Belo Horizonte. Ela foi acusada de ter pedido dinheiro para Joesley Batista, um dos proprietários do grupo JBS, em nome do seu irmão.

De acordo com a Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap), Andrea deu entrada no complexo por volta das 14h40 desta quinta-feira (18). Uma foto da irmã de Aécio no presídio foi vazada, o que motivou a abertura de uma investigação por parte do serviço de inteligência da secretaria. "A Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap) não divulga fotos de pessoas quando elas dão entrada no Sistema Prisional nem o número de registro", afirma a Seap em nota ao portal Uol.

A cela que será ocupada por Andrea fica localizada em uma ala separada do pavilhão principal do complexo penitenciário e mede 2,50 x 3,00 metros, dispondo de cama, chuveiro e vaso sanitário. Sua prisão ocorreu em localo separado por conta do tipo de crime, das condições em que se deu a prisão e da repercussão do caso. Ela terá direito a quatro refeições diárias, banho de sol, assistências médicas e psicossocial e também direito a visitas.

Operação Patmos

O primo de Andrea e Aécio Neves, Frederico Pacheco de Medeiros, e que teria sido filmado recebendo o dinheiro solicitado, também foi preso nesta quinta. Além dos dois, também foram detidos uma irmã do operador Lucio Funaro, de nome Roberta, e um assessor do também senado Zezé Perrella (PMDB-MG), chamado Mendherson Souza Lima.

A operação da Polícia Federal responsável pelas prisões foi denominada Patmos, em referência à ilha grega onde, de acordo com a Bíblia, são João recebeu revelações sobre o Apocalipse. Cerca de 200 policiais cumpriram 49 mandados judiciais, sendo 41 de busca e apreensão e 8 de prisão preventiva nos Estados de Minas Gerais, Maranhão, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná, além do Distrito Federal.

Também nesta quinta-feira, Aécio Neves foi afastado de seu cargo no Senado, sendo impedido se sair do País e de manter contato com outros investigados.

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