O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin autorizou, nesta terça-feira (30), a separação do inquérito que investiga Aécio Neves (PSDB-MG), Michel Temer (PMDB) e Rodrigo Rocha Loures (PDMB-PR). Com a divisão, o processo contra o presidente da República continua a envolver apenas Loures; enquanto outra ação investiga Neves e os parentes.
O inquérito aberto contra Michel Temer e os demais investigados, fora os familiares de Aécio, inicialmente apurava a suspeita da prática de obstrução de Justiça, corrupção e organização criminosa.
As denúncias contra todos os investigados, no entanto, derivam da delação premiada de executivos da JBS, como o dono da empresa, Joesley Batista, que gravou o presidente da República numa conversa sobre pagamento ao ex-deputado Eduardo Cunha.
A defesa do presidente Michel Temer pediu nessa sexta-feira (26) ao STF o desmembramento da investigação aberta a partir do acordo de delação premiada da JBS. Os advogados de Temer também solicitaram a redistribuição do caso para outro ministro, que atualmente é relatado por Edson Fachin. Loures perdeu o foro privilegiado nesta terça, após o ex-ministro Osmar Serraglio decidir voltar ao cargo de deputado federal, tirando o suplente da Casa.