No TSE, Admar Gonzaga vota pela absolvição. Placar está 2 a 1 pró-Temer

Com o voto de Admar Gonzaga, placar no TSE fica 2 a 1 pela absolvição de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB)
Da editoria de Política
Publicado em 09/06/2017 às 17:30
Com o voto de Admar Gonzaga, placar no TSE fica 2 a 1 pela absolvição de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB) Foto: Foto: Ascom/TSE


Segundo ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a votar após o relator Herman Benjamin pedir a cassação do presidente Michel Temer (PMDB), no julgamento da chapa com a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o ministro Admar Gonzaga votou pela absolvição da chapa Dilma-Temer. Para ele não há contexto probatório contundente para a condenação e disse não poder fazer um "juízo de presunção".

O ministro Napoleão Nunes Maia Filho votou pela absolvição da chapa Dilma-Temer, o que faz com que o placar atual seja de dois votos a um pela absolvição. O próximo ministro a votar é Tarcísio Vieira.

Segundo Admar Gonzaga, havia esquema de distribuição de propinas em obras na Petrobras, inclusive para partidos. Mas disse não haver prova cabal de que os recursos da campanha de 2014 tenham vindo do esquema ou tivessem origem ilegal.

O ministro também afirmou que vários delatores disseram não saber dizer se o pagamento teria ocorrido na campanha de 2014. E nem se o dinheiro teria ido parar no caixa 1 das campanhas.

Além disso, disse que o depoimeneto de Marcelo Odebrecht não está contido na petição inicial do processo.

Admar Gonzaga afirmou que, em nenhum momento, a Justiça Eleitoral deu carta branca para que fossem incluídos fatos que não integrem as alegações iniciais. Ele disse que seu voto não levaria em consideração o que foi apurado a partir de 1º de março deste ano. "No Brasil de hoje, cada vez q se mete a mão sai uma galinha", declarou.

PEDIDO DE IMPEDIMENTO

Questionado pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) pouco antes do início dos votos por ter sido advogado de Dilma Rousseff em 2010, o ministro Admar Gonzaga abriu o seu voto citando a "astúcia" de trazer, pouco antes do julgamento, uma "espécie de constrangimento".

O vice-procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino, ainda afirmou que estava cumprindo seu dever, mas foi contestado pelo presidente do TSE, Gilmar Mendes, que declarou que a atual composição da Corte precisa ser respeitada.

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