Para ministro da Justiça, operação Lava Jato é 'imparável'

Segundo o ministro Torquato Jardim, o que tiver de ser feito será feito sob a Constituição e as leis
Estadão Conteúdo
Publicado em 20/07/2017 às 11:00
Segundo o ministro Torquato Jardim, o que tiver de ser feito será feito sob a Constituição e as leis Foto: Foto: Agência Brasil


O ministro da Justiça e Segurança Pública, Torquato Jardim, afirmou nesta quarta-feira (19) em Washington que a Operação Lava Jato é "imparável". "É um ganho para a nossa sociedade. Imparável. O que tiver de ser feito será feito sob a Constituição e as leis. O Ministério Público, a Polícia Federal ou o Ministério da Justiça, qualquer instituição que estiver envolvida, estará fortemente comprometida em realizar o trabalho", disse.

Sobre a possibilidade de o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, oferecer nova denúncia contra o presidente Michel Temer, Torquato disse que vai esperar a iniciativa de Janot. "Vamos fazer o que temos de fazer. Vamos ver o que acontece antes. A bola está no campo deles, não no nosso."

Torquato se esquivou ao ser questionado sobre se a conversa de Temer com Joesley Batista - gravada pelo empresário - foi inapropriada. "Essa questão está na Corte (o Supremo Tribunal Federal abriu inquérito para investigar o presidente). Eu não sou o advogado do presidente na Corte. Então vou deixar o doutor (Antônio Cláudio) Mariz (advogado de Temer) responder isso", disse.

Debate

O ministro participou nessa quarta-feira (19) do painel Pesos e Contrapesos e o Estado de Direito no Brasil. O evento foi promovido pelo Brazil Institute, que integra o Wilson Center e fomenta debates sobre o temas que envolvam questões bilaterais entre Brasil e Estados Unidos.

Torquato afirmou que foi uma coincidência sua visita a Washington ocorrer na mesma semana em que Janot também está na capital dos Estados Unidos. "Janot e eu nos conhecemos há muitos anos. Trabalhamos juntos no passado. Temos grandes amigos em comum. Sempre conversamos um com o outro quando foi necessário", afirmou. "Não temos nenhuma dificuldade em conversar. Trocamos mensagens aqui em Washington."

O evento de ontem teve moderação do diretor do Brazil Institute, Paulo Sotero, e a presença do juiz federal Peter Messitte, diretor do programa de Estudos Jurídico e Judiciais Brasil-Estados Unidos, da American University Washington College of Law, e do embaixador Anthony Harrington.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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