Alckmin volta a defender desembarque do PSDB após reformas

"Nós defendemos que, encerrado esse período, se depender de mim, nós não teremos cargos no governo", afirmou
Estadão Conteúdo
Publicado em 02/08/2017 às 19:28
"Nós defendemos que, encerrado esse período, se depender de mim, nós não teremos cargos no governo", afirmou Foto: Foto: São Paulo/SP


No dia da votação do parecer favorável ao arquivamento da denúncia contra o presidente Michel Temer na Câmara dos Deputados, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), voltou a afirmar que o desembarque tucano do governo deveria ocorrer após aprovação das reformas atualmente em debate no Congresso. "Nós defendemos completar as reformas. Daqui a dois meses, no máximo, 45 dias, se não fizer a reforma política, não vai fazer mais porque tem o princípio da anualidade. Então você tem que votar até setembro", afirmou.

"A reforma da Previdência, se não votar logo, também fica difícil. Então nós defendemos que, encerrado esse período, se depender de mim, nós não teremos cargos no governo, aliás o que eu defendi lá trás", declarou o governador, durante entrega de casas populares na cidade de Monte Mor, na região de Campinas, na manhã desta quarta-feira (2).

O governador defendeu ainda mudança na legislação para que o Legislativo não tenha prerrogativa para autorizar investigação contra chefes do Executivo. "Eu acho que, primeiro, não deveria ter que ser necessário autorização da Câmara (admitir denúncia contra presidente). Se o procurador entende que é uma denúncia, a encaminha ao Judiciário. O Judiciário a aceita ou não, como é para prefeito ou governador, quando ninguém precisa pedir autorização", afirmou.

Denúncias contra o presidente

Alckmin acrescentou ainda, em segundo lugar, que, em caso de aceitação de denúncias, o presidente da República não deveria ser afastado do cargo por 180 dias. "Imagine que você o afastou por seis meses e depois chega à conclusão de que a denúncia é inepta. Como é que você repara isso?", questionou.

Questionado sobre a votação desta quarta-feira (2) em Brasília, o governador admitiu que há divisão no partido e que haverá o bloco dos favoráveis e dos contrários à aceitação da denúncia contra o presidente Temer.

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