Somente quase três horas depois de o ministro das Cidades, Bruno Araújo, ter entregue sua carta de demissão, o Palácio do Planalto distribuiu uma nota oficial confirmando a sua saída e informando que o presidente Michel Temer "dará início agora a uma reforma ministerial que estará concluída até meados de dezembro". Na nota, Temer agradece a Bruno Araújo pelos "bons serviços prestados".
O presidente não esperava que Bruno fosse antecipar sua saída do cargo, precipitando assim, a reforma ministerial. A nota foi divulgada depois de uma rodada de reuniões do presidente Temer com os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, da Secretaria Geral, Moreira Franco, e da Secretaria de Governo, Antônio Imbassahy, além do secretário de Imprensa, Márcio Freitas.
O tucano Imbassahy, cujo cargo também é pleiteado por partidos do chamado Centrão, não deu sinais ainda de que poderá deixar o governo.
O ministro Bruno Araújo (PSDB), titular do Ministério das Cidades, solicitou ao presidente Michel Temer (PMDB), nesta segunda-feira (13), sua exoneração do cargo. O tucano é deputado federal licenciado e deve reassumir o posto na Câmara Federal após deixar a pasta.
Em carta direcionada a Temer, Bruno cita que o que o motivou a deixar o ministério foi a falta de apoio do PSDB, que já há algum tempo estuda deixar a base do governo Temer. "Agradeço a confiança do meu partido, no qual exerci toda a minha vida pública, e já não há mais nele apoio no tamanho que permita seguir nessa tarefa", afirmou.