'Hipster da Federal' planeja lançar candidatura para eleições de 2018

O Paraná, berço da operação Lava Jato, surge como maior celeiro de postulantes aos cargos públicos, com cinco agentes e delegados entre os interessados
JC Online
Publicado em 16/11/2017 às 11:25
O Paraná, berço da operação Lava Jato, surge como maior celeiro de postulantes aos cargos públicos, com cinco agentes e delegados entre os interessados Foto: Foto: Arquivo Pessoal


Conhecido por participar da prisão do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, o agente da Polícia Federal Lucas Valença, o popular Hipster da Federal, considera lançar candidatura às eleições de 2018 como deputado.

Com a PF em alta devido às investigações da Lava Jato, outros 24 integrantes da corporação, espalhados pr 18 estados, pretendem aparecer no pleito do próximo ano, de acordo com a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef). Ao todo, seriam cerca de 30.

O Paraná, berço da operação Lava Jato, surge como maior celeiro de postulantes aos cargos públicos, com cinco agentes e delegados entre os interessados.

Japonês da Federal

Um dos nomes que o Sindicato quer que concorra em 2018 é Newton Ishii, famoso como 'Japonês da Federal'. Condenado por facilitação ao contrabando, Ishii já estaria em condições de disputar uma vaga na Câmara. A pena dele seria cumprida integralmente antes do início da campanha.

O Japonês da Federal, porém, não se mostra muito amigável à ideia.

Com anos de ações da PF na Lava Jato, o eleitor terá em 2018 vivenciado o descrédito da classe política e ascensão da reputação da Polícia Federal, o que contribui para os candidatos da PF.

De acordo com pesquisa do Ibope, a Polícia Federal ocupa o terceiro lugar entre as entidades mais confiáveis do Brasil, atrás da apenas da Igreja e dos bombeiros.

"As operações de combate à corrupção, principalmente a Lava Jato, deram visibilidade e prestígio para a Polícia Federal. é uma vantagem para um concorrente se associar a uma das insituições com maior credbilidade no país no momento", contou o cientista político e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP) Marco Antônio Carvalho Teixeira, em entrevista à Folha.

Essa relação com a polícia deve fazer os candidatos usarem o cargo antes dos nomes.

O bom momento das candidaturas de policiais pode fazer com que a bancada da bala seja reforçada. A maioria deles defende a ideia de que o cidadão precisa ter o acesso às armas de fogo facilitado.

Filiados a diferentes partidos, alguns agentes e delegados estão em legendas impactadas pela ação da Lava Jato.

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