Padilha diz que Temer 'está tranquilo' em relação a delação até mesmo de Geddel

A Polícia Federal apontou um elo entre supostos pagamentos de propina do Grupo J&F e o bunker dos R$ 51 milhões atribuídos ao ex-ministro
Estadão Conteúdo
Publicado em 29/11/2017 às 12:39
A Polícia Federal apontou um elo entre supostos pagamentos de propina do Grupo J&F e o bunker dos R$ 51 milhões atribuídos ao ex-ministro Foto: Foto: Agência Brasil


Questionado sobre se o governo teme uma eventual delação do ex-ministro Geddel Vieira Lima, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse, durante café com jornalistas, que o presidente Michel Temer tem dito que não tem nenhum temor em relação a delações. "Não vejo de parte do ex-ministro Geddel Viera Lima indicador de delação, mas o presidente disse que está absolutamente tranquilo em relação a qualquer tipo de delação", afirmou Padilha nesta quarta-feira (29).

A Polícia Federal apontou um elo entre supostos pagamentos de propina do Grupo J&F e o bunker dos R$ 51 milhões atribuído ao ex-ministro Geddel Vieira Lima e a seu irmão, o deputado federal Lúcio Vieira Lima, ambos do PMDB da Bahia. As informações constam de relatório apresentado nesta terça-feira que imputa aos peemedebistas os crimes de associação criminosa e lavagem de dinheiro.

Geddel Vieira Lima fazia parte do núcleo próximo do governo e é amigo do presidente Temer e do ministro há mais de 30 anos.

Presidencialismo

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse não conhecer o teor da minuta que estaria circulando no Congresso Nacional com uma proposta sobre o semipresidencialismo e afirmou que o presidente Michel Temer é publicamente a favor da ideia. "Eu sei que o presidente Michel Temer teve reuniões com o presidente (da Câmara) Rodrigo Maia e com o presidente (do Senado) Eunício Oliveira e com o presidente do TSE, Gilmar Mendes, analisando uma possível proposta de emenda constituição com o semipresidencialismo", afirmou.

Padilha disse ter conhecimento do tema por conversas com o presidente e que Temer é a favor do sistema. "Todo mundo sabe que ele vê com bons olhos a ideia de um semipresidencialismo, não significa dizer que é essa a que você se refere, cujo teor eu não conheço", disse o ministro, ressaltando que o presidente "tem agido como uma espécie de semiparlamentarismo ao dividir as responsabilidades do Poder Executivo com o Congresso.

 

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