"Eu deixei claríssimo ao PT que não disputaria com Suplicy", disse Haddad ao Estado. "Não faz sentido que sejam lançados dois nomes. Quando aconteceu de o mesmo partido eleger dois senadores? Só em 1994, no Plano Real."
Escolhido para coordenar o programa de governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Haddad negou, porém, que sua amizade com Suplicy tenha sido abalada pelo episódio. Nos bastidores do PT há comentários de um mal-estar entre os dois. "Qual mal-estar? Se há mal-estar, não é comigo", disse Haddad. "Eu estou muito confortável como coordenador do programa de governo do Lula."
Suplicy também negou atritos com Haddad sobre a vaga ao Senado. "Ele é meu amigo há 30 anos e pode contar comigo para o que quiser", afirmou.
O ex-prefeito tem sido citado como possível plano B do PT para a Presidência, caso Lula seja condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), no dia 24, e não possa concorrer. Haddad, no entanto, sofre resistências no próprio partido para ocupar a vaga. Se o PT tiver de substituir Lula na última hora, após esgotar todos os recursos judiciais, o mais cotado para o posto é o ex-governador da Bahia Jaques Wagner.