Gleisi ameniza o tom após fala sobre mortes em caso de prisão de Lula

A presidente nacional do PT negou que em algum momento tenha defendido a possibilidade de conflito no dia 24, durante julgamento do ex-presidente
JC Online
Publicado em 18/01/2018 às 9:17
A presidente nacional do PT negou que em algum momento tenha defendido a possibilidade de conflito no dia 24, durante julgamento do ex-presidente Foto: Foto: Agência Brasil


Dois dias após afirmar para o site 'Poder 360' que para prender Lula teria que 'matar gente', a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffman (PR), negou que em algum momento tenha defendido a possibilidade de conflito no dia 24, durante julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Porto Alegre. Em entrevista para a rádio Trianon, na última quarta-feira (17), a senadora afirmou "Somos da paz e vamos em paz a Porto Alegre".

A presidente do PT disse ter utilizado a expressão como uma demonstração do quanto Lula é amado. Ela usou como o exemplo, a passagem do ex-presidente na caravana pelo Nordeste, onde Lula era abordado por eleitores que prometiam morrer por ele.

"Eles diziam 'conte comigo. Se precisar, estarei lá. Morro pelo senhor'", contou Gleisi.

Gleisi Hoffman afirmou que o partido também não aceitará uma sentença condenatória e resistirá politicamente. "Vai ter resistência. Não normalizamos uma situação de prisão".

E ainda afirmou que a "violência pode ser infiltrada", e que cabe à inteligência policial detectá-la. "Dizer que um partido político tem que ser responsável pela segurança é de rir",continuou.

Acusação

"Para prender o Lula, vai ter que prender muita gente, mas, mais do que isso, vai ter que matar gente. Aí, vai ter que matar", disse a presidente nacional do PT ao site Poder360, a senadora Gleisi Hoffmann, oito dias antes do julgamento do recurso do ex-presidente Luis Inácio Lula no caso do tríplex. A segurança no entorno da sede do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre, e dos magistrados envolvidos no julgamento são motivo de preocupação do presidente Thompson Flores, que se encontrou com a presidente do STF, a ministra Carmen Lúcia, nessa segunda (15) para tratar do assunto.

Gleisi espera a absolvição de Lula no TRF-4, condenado em 1ª instância pelo juiz Sérgio Moro a nove anos e seis meses de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. A senadora também criticou o processo judicial ao afirmar que a sua condenação quer dizer que os juízes do TRF-4 "desceram para o play da política". "No Play da política nós vamos jogar e vamos jogar pesado", cravou.

 

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