Bretas critica senadores petistas por 'violência'

A senadora petista, Gleisi Hoffmann, afirmou que para prender o ex-presidente Lula, condenado por corrupção, 'vai ter que matar gente'
Estadão Conteúdo
Publicado em 19/01/2018 às 9:03
A senadora petista, Gleisi Hoffmann, afirmou que para prender o ex-presidente Lula, condenado por corrupção, 'vai ter que matar gente' Foto: Foto: ABr


O juiz federal Marcelo Bretas, responsável pelos processos da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, questionou na madrugada desta quinta-feira, 18, pelo Twitter, a postura do senador Lindbergh Farias (PT-RJ) em defesa do discurso da presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), sobre o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A senadora afirmou ao site Poder360 que "para prender o Lula, vai ter que prender muita gente, mas, mais do que isso, vai ter que matar gente. Aí, vai ter que matar". Após críticas, Gleisi disse que se tratava de uma "força de expressão". Já Lindbergh publicou um vídeo no qual avaliou que a colega de partido "elevou o tom do discurso" de maneira positiva ao dizer que "vai ter que matar gente" para cumprir um eventual pedido de prisão do ex-presidente.

"É só uma impressão ou há senadores da República conclamando grupos de pessoas para atos de violência? Não creio que isso seja um padrão racional de Estado democrático de direito. No entanto, melhor dirá o @MPF_PGR...?", postou Bretas em sua conta.

Sobre a manifestação, Lindbergh afirmou que "o que foge ao padrão do Estado democrático de direito é o juiz não falar nos autos e entrar no debate político dessa forma. Não defendi que esse julgamento não ocorra de forma pacífica. O nosso chamado para que as pessoas se manifestem não tem nada de mais democrático", disse o petista.

Resposta

Gleisi reagiu no Twitter. "Um juiz que divulga fotografias empunhando armas pesadas e diz que a Justiça tem de ser temida. Isso é ou não é uma incitação à barbárie? Que faz declarações políticas, contrariamente à lei, e se posiciona contra um determinado partido. Isso é ou não uma violação do Estado de direito?" As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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