Atualizada às 10h50
O relator da Reforma da Previdência, o deputado federal Arthur Oliveira Maia (PPS-BA) entregou nesta quarta-feira (7) o novo texto da proposta. Ele confirmou as mudanças já esperadas envolvendo trabalhadores rurais, Benefício de Prestação Continuada (BPC), redução de tempo de contribuição e concessão de pensão integral a cônjuges de policiais federais, rodoviários federais e civis mortos durante atividade de combate. O governo busca conceder concessões para obter os 308 votos
O valor do benefício vai depender da data de entrada dos policiais no serviço público. No caso dos que entraram até o ano de 2013, os viúvos e viúvas terão direito de receber o valor do último contracheque. Para os que ingressaram após esse ano, o valor máximo ao qual terão direito será o teto do INSS, que é de R$ 5.645,81.
Essa mudança foi aprovada pelo próprio presidente Michel Temer (PMDB), o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD) e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM). Trata-se de um aceno para a "bancada da bala" formada por parlamentares da indústria de armas, ex-policiais civis e ex-militares.
O novo texto, segundo o relator, representa o consenso na base aliada do governo Temer para possibilitar as discussões sobre a Reforma dentro do cronograma previsto pelo governo, com início no dia 19 de fevereiro.
De acordo com Oliveira Maia, restam ainda diversos pontos que são alvo de reivindicações pelos parlamentares e que não tem consenso, como transição para servidores públicos e regra para acúmulo de pensão e aposentadoria dos demais trabalhadores. Mas ele afirmou que eles podem ser tratados durante a discussão e votação em plenário.