Ao lado de integrantes da bancada BBB - Boi, Bíblia e Bala -, o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) vai se filiar nesta quarta-feira (7), ao PSL para disputar a Presidência em outubro. A expectativa é que entre 10 e 15 deputados também migrem para a legenda para formar a tropa de choque do pré-candidato durante a campanha.
A maioria do grupo deve se filiar ao partido já nesta quarta, o primeiro dia da janela partidária, período que vai até 7 de abril, e que possibilita ao parlamentar trocar de sigla sem sofrer punições, como a perda de mandato.
Os deputados que devem migrar para o PSL para apoiar Bolsonaro têm em comum a defesa de pautas mais conservadoras ligadas ao agronegócio, à religião e à segurança pública. Entre as bandeiras que levantam estão a revogação do Estatuto do Desarmamento, a redução da maioridade penal e regras mais duras sobre o aborto.
A filiação do grupo pró-Bolsonaro no PSL está sendo coordenada pelo deputado Fernando Francischini (PR), que vai deixar o Solidariedade para se juntar ao projeto eleitoral. O filho do pré-candidato, Eduardo Bolsonaro, também vai se filiar à nova sigla do pai.
O partido que deve sofrer a maior baixa será o PR. Até agora, dois deputados já anunciaram que vão para o PSL, Delegado Waldir (GO) e Marcelo Álvaro (MG). "Nós vamos abrir mão de uma boa parcela do fundo eleitoral para apoiar um projeto que acreditamos", disse Waldir.
O evento de filiação de Bolsonaro acontecerá em um plenário na Câmara. A expectativa é que o deputado se licencie em breve do mandato para se dedicar exclusivamente à pré-campanha.
Pesquisa CNT/MDA divulgada nesta terça-feira, 6, mostra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva segue liderando as intenções de voto, mesmo com a possibilidade de ser impedido pela Justiça Eleitoral de disputar as eleições presidenciais deste ano. Sem o petista, no entanto, Bolsonaro lidera todos os cenários pesquisados para o primeiro turno. O deputado aparece na pesquisa com uma média de 20% das intenções de votos.