Líderes políticos e chefes de Estado da América do Sul declaram apoio ao ex-presidente da República Lula, que tem prazo até as 17 horas desta sexta-feira (6) para se entregar à Polícia Federal de Curitiba, para iniciar o cumprimento da pena de 12 anos e um mês de reclusão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo do caso triplex do Guarujá.
As manifestações ocorreram antes da prisão de Lula ser decretada pelo juiz Sérgio Moro, da Operação Lava Jato. O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, afirmou que "o mundo inteiro" abraça Lula e que a "injustiça dói na alma". "A direita, diante da incapacidade de ganhar democraticamente, elegeu o caminho judicial para amedrontar as forças populares", disse Maduro.
Evo Morales, presidente da Bolívia, declarou que as oligarquias não se interessam "nem pela democracia e nem pela justiça", além de cravar que Lula foi condenado para "impedir que volte a ser presidente do Brasil". "A direita jamais o perdoará por ter tirado 30 milhões de pobres da miséria", disse o chefe de Estado
Manuel Zelaya, ex-presidente de Honduras que foi deposto em 2009 e se refugiou na embaixada do Brasil, disse que Lula é inocente. Zelaya afirma que "seu único pecado foi enfrentar os Estados Unidos" e "não obedecer aos conservadores que governam o Brasil"
Cristina Kirchner, ex-presidente da Argentina, disse que "as elites nunca se interessaram" por justiça ou democracia, além de utilizar o "aparato judicial" em interesse próprio.