Moro manda Dirceu ir a Curitiba colocar tornozeleira eletrônica

Moro determinou que o ex-ministro compareça a Curitiba até o dia 3 de julho para colocar tornozeleira eletrônica e cumprir medida cautelar em casa
Estadão Conteúdo
Publicado em 29/06/2018 às 22:15
Moro determinou que o ex-ministro compareça a Curitiba até o dia 3 de julho para colocar tornozeleira eletrônica e cumprir medida cautelar em casa Foto: Foto: Lula Marques/Fotos Públicas


O juiz federal Sérgio Moro determinou nesta sexta-feira (29) que o ex-ministro José Dirceu, solto por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta semana, compareça a Curitiba até o dia 3 de julho para colocar tornozeleira eletrônica para cumprir medida cautelar em casa, em Brasília.

"Condenado José Dirceu de Oliveira e Silva a penas elevadas, a prudência recomenda-se o monitoramento eletrônico para proteger a aplicação da lei penal", escreve Moro, em despacho após ser comunicado oficialmente da decisão da 2.ª Turma do Supremo, da última terça-feira.

"Deverá o condenado comparecer perante este Juízo até 3 de julho de 2018 para colocação da tornozeleira eletrônica", escreve Moro

Segundo o juiz, "a reativação das medidas cautelares se impõe diante da suspensão da execução provisória e restabelecimento do status quo anterior".

O petista cumpria pena de 27 anos de prisão desde o dia 18, após o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4) - a segunda instância de Moro - mandar executar sua pena. Dirceu foi condenado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e por organização criminosa.

Decisão do STF

Com a decisão do STF, que na terça-feira por maioria concedeu a liberdade a Dirceu, enquanto não for julgado um pedido de sua defesa de revisão da pena, Moro determinou que "a execução da pena fica suspensa" e a competência para determinar as medidas cautelares voltaram para Curitiba.

No despacho, Moro manda comunicar as autoridades "acerca da reativação das cautelares, especialmente da proibição de José Dirceu de Oliveira e Silva de deixar o País e ainda a proibição de que sejam emitidos novos passaportes para ele".

O ex-ministro também está proibido de "deixar a cidade de seu domicílio, em princípio, Brasília/DF", de "se comunicar, por qualquer meio ou por interpostas pessoas, com os coacusados ou testemunhas" nas três ações penais que responde "com a exceção do irmão". E deve comparecer aos depoimentos toda vez que for intimado.

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