O presidente Jair Bolsonaro declarou "estar muito feliz" por colaborar com a extradição de Cesare Battisti à Itália. Mesmo que o processo tenha sido autorizado por Michel Temer, Bolsonaro procurou destacar que nunca foi a favor de o Brasil ter dado asilo político ao italiano e que sempre defendeu a transferência dele para a Itália.
"A mensagem é que o Brasil não será mais um território de abrigo de marginais, de criminosos, prisioneiros políticos", disse Bolsonaro em uma entrevista à emissora italiana Rai na última terça-feira (15). A declaração foi compartilhada por ele pelas redes sociais nesta quinta-feira (17).
Bolsonaro comparou Battisti ao capitão do Exército Carlos Lamarca, morto durante a ditadura militar, dizendo que a ex-presidente Dilma Rousseff fez parte do "grupo terrorista" liderado por Lamarca e que, assim, era possível entender o porquê do governo brasileiro ter concedido asilo político ao italiano durante a gestão do PT.
O presidente disse que encontrará o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, no Fórum Econômico Mundial, em Davos, e o agradecerá pessoalmente por "nos livrar de um elemento que incomodava a maioria dos brasileiros". Além disso, Bolsonaro declarou ter intenção de viajar à Itália no dia 8 de maio, quando se celebra a derrota da Alemanha em favor dos Aliados na Segunda Guerra Mundial.