Três associações que representam profissionais de comunicação emitiram nesta segunda-feira (11) uma nota lamentando o episódio envolvendo a jornalista Constança Rezende, do Estadão, e o presidente Jair Bolsonaro, no Twitter. O presidente repercutiu um áudio manipulado com a voz da jornalista, onde é possível entender que ela deliberadamente estaria tentando destruir a reputação do seu filho, Flávio Bolsonaro, e do governo. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) também falaram sobre o caso em nota conjunta, mais cedo.
A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), a Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner) e a Associação Nacional de Jornais (ANJ) afirmaram que Bolsonaro reproduz “pelas redes sociais informações deturpadas e deliberadamente distorcidas com o sentido de intimidar a jornalista e a liberdade de expressa?o”.
Para as entidades, a postagem do presidente tem o objetivo de “desqualificar o trabalho jornalístico, fundamental para os cidadãos e a própria democracia”.
NOTA A? IMPRENSA
A propósito do episódio relacionado à repórter Constança Rezende, do jornal O Estado de S.Paulo, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT), a Associação Nacional de Editores de Revistas (ANER) e a Associação Nacional de Jornais (ANJ) lamentam que o presidente da República reproduza pelas redes sociais informações deturpadas e deliberadamente distorcidas com o sentido de intimidar a jornalista e a liberdade de expressão.
Os ataques à repórter têm o objetivo de desqualificar o trabalho jornalístico, fundamental para os cidadãos e a própria democracia.
ABERT, ANER e ANJ assinalam que a tentativa de produzir na imprensa a imagem de inimiga ignora o papel do jornalismo independente de acompanhar e fiscalizar os atos das autoridades públicas.
Brasília, 11 de março de 2019.
Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão Associação Nacional de Editores de Revistas Associação Nacional de Jornais