Partidos de centro e da oposição estão tentando costurar um acordo para que a admissibilidade da reforma da Previdência seja votada ainda nesta semana. Para que a votação seja consenso, a oposição pede a retirada de alguns trechos do texto já na Comissão de Constituição, Cidadania e Justiça (CCJ), mas o Centrão resiste.
Segundo o deputado do PT, José Guimarães (CE), a oposição pede a supressão de partes como a desconstitucionalização da Previdência, BPC, aposentadoria rural e capitalização. Outros pontos considerados 'jabuti' também estão sendo avaliados. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), esteve reunido com líderes do Centrão e oposição para discutir a possibilidade de votar a Previdência nesta semana, mas não houve acordo.
O líder do PP, Arthur Lira (AL), disse que os partidos do centro ainda resistem em aceitar mudanças fora da comissão especial, que é o colegiado que irá tratar do mérito da proposta. Desta forma, por enquanto, está mantido o acordo firmado na segunda-feira em que os discursos na CCJ vão ser mantidos até as 22h. Na quarta, segue a sessão e, se houver tempo hábil, a proposta será votada.
A vice-presidente da CCJ, Bia Kicis (PSL-DF), disse que o ideal é que as mudanças aconteçam na comissão especial, mas que um acordo para votar a proposta, sem mudanças drásticas, é melhor do que não votar.
A deputada Talíria Petrone (PSOl-RJ) disse que seu partido não está disposto a firmar qualquer acordo, já que é contra a proposta.