O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, negou nesta segunda-feira (22) que há decretação de sigilo sobre o detalhamento dos dados da reforma da Previdência. À Rádio Globo, o secretário disse que a equipe econômica refina os números para levá-los à comissão especial de mérito e ressaltou que os dados que embasaram apresentação da proposta são públicos e estão no Congresso desde 2017.
Ele afirmou que nenhum outro governo que apresentou uma proposta de reforma da Previdência desagregou os dados do projeto. Mas garantiu que a equipe econômica irá fazê-lo.
"Não há decreto de sigilo nem hoje, nem ontem nem amanhã", disse, completando: "Queremos apresentar os dados refinados, desagregados. Mas o banco de dados contempla mais de 3 mil abas, são milhões de números que precisam ser compatibilizados para permitir maior nitidez para a ocasião do mérito da proposta".
Ele afirmou ainda que o governo não admite que haja "jabutis" no texto, ou seja, trechos de assuntos alheios à reforma da Previdência ou colocados na proposta para que haja margem para cortes na negociação. Ele disse que o governo ainda vai tentar negociar pontos polêmicos com o Congresso e minimizou as dificuldades. "Nunca vi clima tão favorável dentro do parlamento e um tema tão amadurecido", afirmou, ponderando: "É evidente que o grau de dificuldade de tramitação desse projeto é muito maior que qualquer outro".