O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste domingo (28) que o encontro com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), no início da manhã de hoje foi "excelente" e durou cerca de uma hora. Questionado sobre se conversaram sobre a tramitação da Reforma da Previdência no Congresso, Bolsonaro respondeu apenas que trataram de "um montão de assuntos".
Ao Estadão/Broadcast, plataforma de notícias em tempo real do Grupo Estado, Maia confirmou mais cedo que a tramitação da reforma foi assunto da conversa. Ele também afirmou que o governo ainda está discutindo a possível transferência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Há uma movimentação no Congresso para que o órgão saia da competência do Ministério da Justiça e retorne à estrutura do Ministério da Economia. O ministro Sérgio Moro (Justiça) é contrário à mudança e tem feito apelos públicos para que a sua pasta não seja desidratada.
No sábado, Maia negou que tenha feito críticas ao deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e ao vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) quando falou da atuação deles em relação ao pai, o presidente Jair Bolsonaro, em entrevista publicada pelo site Buzzfeed Brasil. Em nota, afirmou que "as informações estão totalmente fora de contexto e que a entrevista aparenta uma agressão verbal que não ocorreu".
Ao Buzzfeed, Maia disse que Eduardo teria saído do "baixíssimo clero" para comandar uma política externa que "é essa loucura aí" e que estaria vivendo um "momento de deslumbramento". Carlos, por sua vez, seria "doido à vontade" mas com estratégia definida por Bolsonaro nas redes sociais.
Bolsonaro deixou o Palácio da Alvorada perto da hora do almoço neste domingo e foi visitar o seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), que mora em apartamento em um bairro de classe média alta de Brasília. Ao chegar ao local, disse que é a primeira vez que visita a casa do seu primogênito. Ele chegou acompanhado por seu filho mais novo, Jair Renan.
O presidente voltou a defender a ideia da Escola sem Partido e disse que não pode existir um lado apenas nas salas de aula. "Nós queremos a escola sem partidos, ou se tiver partidos, que tenha os dois lados. Não pode é ter um lado só na escola, isso leva ao que não queremos", disse, sem dar maiores detalhes.
O presidente falou sobre o tema ao ser questionado sobre um vídeo postado em seu Twitter nesta manhã com a legenda "professor tem que ensinar e não doutrinar". O vídeo mostra uma aluna questionando uma professora sobre críticas que teriam sido feitas ao governo e ao guru bolsonarista Olavo de Carvalho.