Em nota, PT diz que Venezuela passa por tentativa de golpe

O senador pernambucano Humberto Costa também assinou a nota que diz não aceitar 'atitudes antidemocráticas'
Da editoria de Política
Publicado em 30/04/2019 às 18:26
Foto: Foto: Yuri CORTEZ / AFP


O Partido dos Trabalhadores (PT) divulgou nesta terça-feira (30) um comunicado sobre a situação política da Venezuela condenando o que chama "tentativa de golpe levada a cabo pela oposição da direita golpista e antichavista". A nota é assinada pelos parlamentares Gleisi Hoffmann (PR), Humberto Costa (PE) e Paulo Pimenta (RS) - respectivamente, presidente nacional do partido e líderes da legenda no Senado e na Câmara.

As ruas das principais cidades do país foram tomadas nesta terça-feira por conflitos entre apoiadores do presidente Nicolás Maduro e o autoproclamado presidente interino Juan Guaidó, que tem o apoio do governo brasileiro.

Para o PT, "grupos opositores tentam há anos derrubar o governo democraticamente eleito do Partido Socialista Unido da Venezuela" e só não teriam conseguido tomar o poder graças ao apoio que a sigla e o sistema de Nicolás Maduro "têm junto às pessoas, após anos de políticas voltadas ao bem-estar da população e contrárias à exploração imperialista e das elites locais".

"Não aceitamos atitudes antidemocráticas como essas", diz o texto, em referência à mobilização popular e militar convocada por Juan Guaidó, contra o governo de Maduro. Segundo o partido, "a solução dos problemas venezuelanos passa por levantar o embargo econômico internacional de que o país e, principalmente, sua população, são vítimas".

Guaidó anunciou apoio

O líder opositor venezuelano Juan Guaidó assegurou, nesta terça-feira, que tem o apoio de um grupo de "valentes soldados", em um vídeo gravado em uma base aérea de Caracas, publicado em suas redes sociais. "Hoje, valentes soldados, valentes patriotas, valentes homens apegados à Constituição, responderam ao nosso chamado, nós também viemos ao chamado, nós definitivamente nos encontramos nas ruas da Venezuela", disse Guaidó na mensagem com um pequeno grupo de militares.

Foto: Yuri CORTEZ / AFP
Soldados que apoiam o líder da oposição venezuelana assumem posição em frente à base aérea - Foto: Yuri CORTEZ / AFP
Foto: Yuri CORTEZ / AFP
Manifestante da oposição em confronto com soldados leais ao presidente venezuelano Nicolas Maduro - Foto: Yuri CORTEZ / AFP
Foto: Yuri CORTEZ / AFP
Soldados que apoiam o líder da oposição venezuelana assumem posição em frente à base aérea - Foto: Yuri CORTEZ / AFP
Foto: Yuri CORTEZ / AFP
Soldados que apoiam o líder da oposição venezuelana assumem posição em frente à base aérea - Foto: Yuri CORTEZ / AFP
Foto: Yuri CORTEZ / AFP
Soldados que apoiam o líder da oposição venezuelana assumem posição em frente à base aérea - Foto: Yuri CORTEZ / AFP
Foto: Yuri CORTEZ / AFP
Soldados que apoiam o líder da oposição venezuelana assumem posição em frente à base aérea - Foto: Yuri CORTEZ / AFP
Foto: Yuri CORTEZ / AFP
Soldados que apoiam o líder da oposição venezuelana assumem posição em frente à base aérea - Foto: Yuri CORTEZ / AFP
Foto: Yuri CORTEZ / AFP
Soldados que apoiam o líder da oposição venezuelana assumem posição em frente à base aérea - Foto: Yuri CORTEZ / AFP
Foto: Yuri CORTEZ / AFP
Manifestante da oposição em confronto com soldados leais ao presidente venezuelano Nicolas Maduro - Foto: Yuri CORTEZ / AFP
Foto: Yuri CORTEZ / AFP
Soldados que apoiam o líder da oposição venezuelana assumem posição em frente à base aérea - Foto: Yuri CORTEZ / AFP

O governo venezuelano classificou o ato como "tentativa de golpe de Estado". "Neste momento estamos enfrentando e desativando um grupo reduzido de militares traidores que se posicionaram na distribuidora Altamira para promover um golpe de Estado", escreveu no Twitter o ministro da Comunicação, Jorge Rodríguez, que se referiu ao caso como uma "tentativa" e acusou a "direita golpista".

Bolsonaro

O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), foi ao Twitter demonstrar solidariedade ao povo da Venezuela. "O Brasil acompanha com bastante atenção a situação na Venezuela e reafirma o seu apoio na transição democrática que se processo no país vizinho", tuitou Bolsonaro, que escreveu também: "o Brasil está ao lado do povo da Venezuela, do presidente Juan Guaidó e da liberdade dos venezuelanos."

Nos tuítes, Bolsonaro também citou o apoio dado a Maduro por partidos brasileiros que integram a oposição ao governo brasileiro. "O Brasil se solidariza com o sofrido povo venezuelano escravizado por um ditador apoiado pelo PT, PSOL e alinhados ideológicos", escreveu.

CONFIRA A NOTA DO PT SOBRE O ASSUNTO:

O Partido dos Trabalhadores condena a recente tentativa de golpe na Venezuela, levada a cabo pela oposição da direita golpista e antichavista.

Estes grupos opositores tentam há anos derrubar o governo democraticamente eleito do Partido Socialista Unido da Venezuela. Seu fracasso em alcançar este objetivo é um resultado claro do apoio que o partido e seu governo tem junto às pessoas, após anos de políticas voltadas ao bem-estar da população e contrárias à exploração imperialista e das elites locais.

Não aceitamos atitudes antidemocráticas como estas. A solução dos problemas venezuelanos passa por levantar o embargo econômico internacional de que o país e, principalmente, sua população, são vítimas. É importante que as forças democráticas busquem o caminho do diálogo e levem em consideração a vontade expressa no voto popular.

A paz na Venezuela é uma luta de todas e todos os democratas latino-americanos e do mundo.

Gleisi Hoffmann
Presidenta Nacional

Humberto Costa
Líder no Senado

Paulo Pimenta
Líder na Câmara

Monica Valente
Secretária de Relações Internacionais

TAGS
humberto costa venezuela Nicolás Maduro Juan Guaidó
Veja também
últimas
Mais Lidas
Webstory