Discursando ao lado do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em evento no Rio, o ministro da Economia, Paulo Guedes, se disse confiante na "liderança" do parlamentar para aprovar a reforma da Previdência no Congresso Nacional.
"Estamos muito confiantes na liderança dele lá na Câmara dos Deputados. E no apoio político que estamos recebendo", afirmou Guedes, em discurso no 91º Enic, encontro do setor da construção, promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), no Rio.
No discurso, o ministro voltou a afirmar que precisa que o impacto fiscal da reforma da Previdência a ser aprovada seja de pelo menos R$ 1 trilhão em dez anos para lançar um novo sistema previdenciário de capitalização. A proposta enviada pelo governo federal prevê impacto fiscal em torno de R$ 1,2 trilhão em dez anos.
Segundo Guedes, um sistema de capitalização na Previdência, que ele chamou de "poupança garantida" mais de uma vez, colocaria o País para crescer, ao atrair investimentos internos e externos.
"Investimentos privados internos e externos estão todos segurando o fôlego (à espera da reforma da Previdência)", disse Guedes.
Em sua defesa da capitalização, Guedes disse que o "medo" com o custo de transição para o novo sistema é "baseado em uma falsa premissa", de que todos os trabalhadores migrariam. "Não e verdade, não são todos. (A capitalização) É só para os jovens", afirmou Guedes, voltando a citar a "carteira verde-amarela", regime trabalhista mais simples e com menos encargos que já fazia parte do programa de governo de Jair Bolsonaro.
Na defesa da capitalização, o ministro chegou a chamar a atual proposta de reforma da Previdência de "primeira reforma". "Essa primeira reforma é importante, é a parede que segura o teto fiscal", disse Guedes, referindo-se à regra do limite de gastos públicos.