O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira (4) que o Governo optará por não realizar concursos públicos federais nos próximos anos para “desinchar” a máquina pública, que, segundo ele, “precisa ficar mais eficiente”. A declaração foi dada durante audiência sobre a reforma da Previdência na Comissão de Finanças e Tributação, realizada na Câmara dos Deputados, em Brasília.
"Nas nossas contas, 40% dos funcionários públicos devem se aposentar nos próximos cinco anos. Em vez de admitir militantes nossos, vamos deixar a máquina ficar mais eficiente através de digitalização", disse.
Ainda segundo Guedes, os governos anteriores contrataram servidores públicos em excesso e concederam reajustes salariais "ferozmente". Não há previsões de demissões. "Não precisa demitir. Basta desacelerar as entradas", afirmou.
Guedes não disse por quanto tempo os processos seletivos ficarão suspensos.
Estabelecidas por decreto editado em março, as novas regras para a realização de concursos públicos entraram em vigor desde o dia 1º de março. Caberá ao Ministério da Economia analisar e autorizar todos os pedidos de concursos públicos na administração federal direta, nas autarquias e nas fundações.
Agora, o Ministério da Economia levará em conta 14 critérios para autorizar a realização de concursos. Um deles é a evolução do quadro de pessoal nos últimos cinco anos pelo órgão solicitante, com um documento que deve listar movimentações, ingressos, desligamentos, aposentadorias consumadas e estimativa de aposentadorias para os próximos cinco anos.