Após ser chamado de 'traidor' por policiais civis e federais, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) mudou de ideia e passou a articular pessoalmente a mudança no trecho da reforma da Previdência que altera as regras de aposentadoria para profissionais de segurança pública, cujas carreiras são mantidas pelo Governo Federal. As informações são da Folha de S. Paulo.
De acordo com o jornal paulista, Bolsonaro conversou por telefone com o relator da proposta na Câmara dos Deputados, Samuel Moreira (PSDB-SP), e com outros parlamentares buscando chegar a um acordo que atendesse ao Congresso e aos policiais, um dos grupos que apoiaram a eleição do presidente.
A articulação também envolveu o ministro da Economia, Paulo Guedes, que resistia em fazer concessões no texto. Segundo a Folha, ele não se manifestará sobre a alteração das normas antes previstas para agentes das forças de segurança. Aliados entendem que Guedes deve silenciar para evitar que qualquer aval às novas mudanças seja visto como sinal verde para mais alterações na reforma.
Com as negociações comandadas pelo presidente Bolsonaro, já na noite dessa terça-feira (2), deputados começaram a formular uma nova versão das regras para os policiais.