ACM Neto determina expulsão do DEM de hacker acusado de invadir celular de Moro

Em nota, o prefeito de Salvador alega que Walter Delgatti descumpriu os "deveres éticos previstos estatutariamente" pelo Democratas
AE
Publicado em 25/07/2019 às 13:26
Em nota, o prefeito de Salvador alega que Walter Delgatti descumpriu os "deveres éticos previstos estatutariamente" pelo Democratas Foto: Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil


O presidente nacional do Democratas e prefeito de Salvador, Antonio Carlos Magalhães Neto, determinou a expulsão da sigla de Walter Delgatti Neto, acusado de ser um dos hackers que invadiu os celulares de autoridades, dentre elas o ministro da Justiça, Sérgio Moro. Delgatti Neto foi preso no âmbito da operação Spoofing.

Em nota, o prefeito de Salvador alega que Walter Delgatti descumpriu os "deveres éticos previstos estatutariamente" pelo Democratas. E destacou que ele não tem participação ativa na vida partidária da legenda.

"É importante ressaltar que o Democratas não pode se responsabilizar pelas atitudes dos milhares de filiados ao partido e que condenamos, de maneira veemente e dura, o cometimento de qualquer ato de irregularidade por quem quer que seja - filiado ao DEM ou outras legendas. O Democratas Nacional espera que a Justiça esclareça os fatos e que os envolvidos no processo criminoso sejam punidos de forma efetiva e com todo rigor", escreveu ACM Neto.

Suspeito disse que deu acesso das mensagens a Glenn 

A investigadores da Operação Spoofing, Walter Delgatti Neto, o "Vermelho", preso na terça-feira (23) por suspeita de hackear centenas de autoridades, afirmou ter dado ao jornalista Glenn Greenwald acesso a informações capturadas do aplicativo Telegram, diz o jornal O Estado de S. Paulo. A defesa do jornalista, fundador do site The Intercept Brasil, disse, em nota, que "não comenta assuntos relacionados à identidade de suas fontes anônimas".

A Polícia Federal tem indícios de que os quatro suspeitos presos são os mesmos que acessaram conversas trocadas pelo Telegram de altas autoridades dos Três Poderes, entre elas o ministro da Justiça, Sérgio Moro; procuradores da Lava Jato; o ministro da Economia, Paulo Guedes; e a líder do governo Bolsonaro no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP). As provas foram encontradas em perícias, buscas e apreensões e baseadas em depoimentos dos presos realizados ma terça.

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