A 10.ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal negou pedidos de liberdade dos investigados na Operação Spoofing. Os pedidos foram feitos pelos advogados de defesa após audiência de custódia com os suspeitos de hackear o ministro da Justiça e Segurança, Sergio Moro, e procuradores da Lava Jato, e outras autoridades.
Walter Delgatti Neto, Gustavo Henrique Santos, Suelen Priscila Oliveira e Danilo Marques permanecerão no cárcere até pelo menos a quinta-feira (1) quando termina o prazo da prisão temporária. O juiz Vallisney Oliveira autorizou um banho de sol ao dia para eles.
Suelen chorou no depoimento apontando maus-tratos, agressão psicológica e uso de algema no avião ao ser transportada para Brasília. A defesa dela pediu transferência da prisão feminina conhecida como "Colmeia" para a Superintendência da Polícia Federal no DF. O juiz autorizou.
Preso na terça-feira (23) o hacker suspeito de invadir telefone celulares de autoridades, Walter Delgatti Neto, o "Vermelho", afirmou, segundo pessoas que tiveram acesso ao seu depoimento, que não pediu nenhuma contrapartida financeira ao dar acesso ao material hackeado ao jornalista Glenn Greenwald.
Além de Walter, outras três pessoas estão presas em Brasília suspeitas de participarem da invasão a celulares de autoridades dos Três Poderes, entre elas o ministro da Justiça, Sergio Moro; procuradores da Lava Jato; o ministro da Economia, Paulo Guedes; e a líder do governo Bolsonaro no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP). As provas foram encontradas em perícias, buscas e apreensões e baseadas em depoimentos dos presos realizados na terça-feira.