De saída do Palácio da Alvorada para o evento de inauguração de trecho da Ferrovia norte-sul em Anápolis (GO), nesta quarta-feira (31), o presidente Jair Bolsonaro comparou Adélio Bispo, que esfaqueou o presidente em setembro do ano passado, ao prefeito de Santo André (SP) assassinado por "queima de arquivo".
"A defesa de Adélio fez a opção de passá-lo por maluco, mas ele tem a chance de falar agora", disse o presidente, afirmando que está disposto a conversar com ele "ou com algum familiar". Bolsonaro afirmou ter preocupação que Adélio tenha o mesmo destino do então prefeito da cidade de Santo André, no ABC Paulista, assassinado em janeiro de 2002. "Estou dando uma chance porque ele está condenado, então tem que ser rápido porque o caso Celso Daniel foi muito rápido, foram nove vítimas executadas por queima de arquivo no processo todo", disse Bolsonaro. O presidente ainda associou o ataque de que foi vítima e o assassinato de Celso Daniel "à esquerda".
Responsável pelo ataque à faca contra o então candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL), Adélio Bispo foi absolvido do ataque cometido durante a campanha eleitoral do ano passado. A Justiça Federal concluiu que o agressor sofre de transtorno delirante persistente, não podendo ser punido criminalmente.