Um dia após afirmar que não iria mudar, "por enquanto", o ministro da Educação, cargo hoje ocupado por Abraham Weintraub, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) teria decidido não só tirá-lo do cargo, como também demitir os ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni; e do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio. A informação exclusiva é do site jornalístico Vortex Media. Na manhã da sexta-feira (22), o presidente negou suposta troca.
Em matéria assinada por Diego Escosteguy e Carla Araújo, a informação da troca dos três ministros foi confirmada ao Vortex nesta quinta-feira (21), "por dois interlocutores do presidente que acompanham de perto os novos rumos do governo."
Ainda segundo o Vortex, a dúvida é saber quando o presidente Jair Bolsonaro irá realizar a mudança dos três ministros, que não está sendo chamada de 'reforma ministerial' pelos aliados.
Por fim, de acordo com as fontes ouvidas pelo Vortex, Bolsonaro iria promover tais mudanças somente no início de 2020, contudo, a recente crise no PSL, seu antigo partido, e a criação do Aliança pelo Brasil, "podem acelerar a minirreforma".
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) usou seu perfil oficial no Twitter para negar, na manhã desta sexta-feira (22), que fará haverá troca de ministros em seu governo, que, segundo ele, "está indo muito bem, apesar dessa banda podre da imprensa". Bolsonaro disse ainda que veículos de comunicação tentam "passar a mensagem de que no Governo impera a desordem".
"De acordo com minha agenda, que é pública, um veículo de imprensa qualquer faz sua análise e divulga suas mentiras. Outros órgãos replicam a "notícia" com o intuito de passar a mensagem de que no Governo impera a desordem. Não existe qualquer reforma ministerial a caminho, até porque o Governo está indo muito bem, apesar dessa banda podre da imprensa", escreveu o presidente.
O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, é alvo de investigação de um suposto esquema de desvio de verbas do fundo eleitoral destinado a candidaturas femininas do PSL de Minas Gerais na eleição de 2018. Em outubro a Polícia Federal indiciou o pesselista por associação criminosa, apropriação indébita e falsidade ideológica eleitoral.
Já o ministro da Educação, Abraham Weintraub, se envolveu em uma polêmica nas redes sociais nesta semana, ao trocar insultos com uma seguidora de sua conta do Twitter. A usuária escreveu que, caso o Brasil voltasse a ser uma monarquia, o ministro seria o “bobo da corte”. Em resposta a ela, Weintraub escreveu: “Uma pena, prefiro cuidar dos estábulos, ficaria mais perto da égua sarnenta e desdentada da sua mãe”.