O Superior Tribunal de Justiça (STJ) ordenou, às 14h31 deste sábado (21), a soltura do ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), “sem prejuízo do trâmite penal a que se acha submetido”. A decisão foi do ministro Napoleão Nunes Maia Filho no exercício eventual do plantão judiciário do STJ e saiu após o Ministério Público protocolar um parecer contrário à decisão, que recomendava a manutenção da prisão do ex-governador.
>> Ricardo Coutinho vai da Kombi no início da carreira à prisão
O alvará de soltura de Coutinho deverá ser emitido pelo Tribunal de Justiça. Mais informações a qualquer momento.
O ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho (PSB) foi preso na noite dessa quinta-feira (19) após desembarcar no Rio Grande do Norte, ao retornar de uma viagem à Europa. O político é alvo da Operação Calvário, que investiga desvios de R$ 134,2 milhões na saúde e educação da Paraíba. Ele passou por audiência de custódia no fim da manhã dessa sexta-feira (20) e a Justiça decidiu manter a prisão.
Policiais federais já aguardavam Coutinho quando ele desembarcou no terminal internacional de Natal, e o acompanharam até a sede da PF em João Pessoa.
O ex-governador afirmou, na terça (17), em suas redes sociais, que foi surpreendido com a decisão judicial decretando sua prisão preventiva. O político também afirmou que a acusação de que ele faz parte de uma organização criminosa é "genérica". Coutinho também prometeu que contribuirá com a justiça e que provará sua inocência. Na manhã dessa terça (17), o ex-governador foi alvo da Operação Calvário, da Polícia Federal (PF), que cumpriu 54 mandados de busca e apreensão e 17 de prisão preventiva. Além da Paraíba, as buscas ocorreram no Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Goiânia e Paraná.