Delegada Gleide Ângelo promete concluir em duas semanas caso da morte de foragido da Operação Turbulência

Perícia deste sábado teve como objetivo fazer desenho esquemático da área interna e externa do motel
JC Online
Publicado em 02/07/2016 às 15:25
Perícia deste sábado teve como objetivo fazer desenho esquemático da área interna e externa do motel Foto: Foto: Edson Mota/JC


A delegada Gleide Ângelo, responsável pelas investigações da morte do foragido da Operação Turbulência Paulo César Morato, prometeu neste sábado (2) que o caso deve ser concluído dentro de duas semanas. "Estamos muito adiantados", assegurou a delegada em coletiva de imprensa.

Apesar disto, a delegada ainda não recebeu os laudos da investigação. Na manhã deste sábado (2), Gleide Ângelo voltou ao motel Tititi, em Olinda, no Grande Recife, onde o corpo de Morato foi encontrado no dia 22 de junho. Na última quinta (30), a Secretaria de Defesa Social (SDS) divulgou que Morato morreu após ingerir chumbinho.

 

A perita Vanja Coelho informou que a visita ao local da morte neste sábado foi para realizar o rebatimento topográfico da área interna e externa do motel, incluindo o quarto em que o corpo foi encontrado. "Toda a área foi medida e fotografada para que um perito especializado produza um desenho esquemático para que tenha-se todas as possibilidades de entrada e saída, declinação de câmeras", explicou.

O caso está envolto em mistério, uma vez que ainda não se sabe se houve crime ou se o próprio Morato ingeriu o veneno. A investigação também foi alvo de desencontros de comunicação da SDS.

No início da coletiva, Gleide comentou sobre a cobrança da imprensa por informações, alegando que a pressão atrapalhava as investigações. "Não tem para que esconder nada. Mas a gente precisa de tempo para concluir", cravou.

OPERAÇÃO TURBULÊNCIA - O empresário Paulo César Morato foi acusado na Operação Turbulência, da Polícia Federal, como proprietário de uma empresa fantasma de locação e terraplanagem chamada Câmara & Vasconcelos.

A investigação apurou que o esquema do qual Morato fazia parte movimentou cerca de R$ 600 milhões e pode ter irrigado campanhas eleitorais do ex-governador Eduardo Campos (PSB).

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