A manhã deste domingo (20) foi marcada pelas primeiras horas de votação da prévia do Partido dos Trabalhadores (PT). Desde às 9h, uma multidão trajando vermelho comparece às urnas dos 13 locais de votação para escolher entre o atual prefeito João da Costa e o deputado Maurício Rands como candidato para disputar as eleições municipais do Recife. Espera-se que até as 17h cerca de 24 mil pessoas participem da votação.
Pela manhã, o clima foi bastante acirrado nas zonas eleitorais. Dentro das sessões, muita boca de urna e troca de farpas entre as militâncias. Maurício Rands chegou à 4ª Zona, localizada no Colégio Sizenando Silveira, em Santo Amaro, acompanhado do senador Humberto Costa, do deputado João Paulo e de Pedro Eugênio, presidente do PT em Pernambuco. Os políticos ouviram muitas provocações e palavras agressivas, sendo chamados de "traidores" pela militância de Costa.
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"É normal vermos esse acirramento. Isso faz parte porque mostra a vitalidade do partido em defender seus interesses", pontuou Rands, que esteve no local para o deputado João Paulo votar. De lá, a comitiva seguiu para Campo Grande, com destino a 8ª Zona, onde votaria Humberto Costa. Depois, o grupo seguiu para a Escola Municipal Espírito Santo, na Várzea, onde ja votou o candidato.
João da Costa, que vota no mesmo local que Rands, vai à urna por volta das 14h30, a fim de evitar constrangimentos em um possível encontro com o rival. Também em comitiva, João da Costa compareceu a 6ª Zona eleitoral no final da manhã, cumprimentou conhecidos e também ouviu ofensas. "É 10, é Rands!", provocaram militantes da oposição. Apesar do clima intenso de disputa, não foram registradas agressões físicas, exceto na 4ª Zona, onde militantes trocaram socos.
A rivalidade entre os candidatos acabou envolvendo até a Justiça de Pernambuco. Uma guerra de liminares do Tribunal de Justiça (TJPE) alterou, desde a tarde de sábado (19) até esta manhã, o panorama dos filiados aptos a votar na prévia.
Primeiramente, João da Costa conseguiu ontem uma ordem para possibilitar que filiados comissionados votassem e que os integrantes que não contribuiram de forma particular - até o dia 5 - com o PT votassem nas urnas eletrônicas. Contudo, de manhã, Rands obteve um veto à decisão, que terminou sendo revogada pelo próprio TJPE, que voltou atrás na decisão.
O secretário nacional do PT, Elói Pietá, que acompanhou o grupo de Maurício Rands, reprovou a atitude de João da Costa. "Apelar por essa decisão judicial é agir de má fé. Depois da prévia, certamente convocaremos os envolvidos nessa resolução para serem submetidos ao Comitê de Ética do partido", afirmou.
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