Os prefeitos do Estado reuniram-se nesta terça-feira (2), na Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), para discutir a pauta que será levada para a XVI Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, que ocorre entre 8 e 11 de julho na capital federal. Para o presidente da Amupe, o prefeito de Afogados da Ingazeira, José Patriota (PSB), o movimento este ano ganha uma força especial por ocorrer após a onda de protestos que tomou o Brasil. Para ele, as manifestações endossam uma das principais reivindicações dos gestores municipais, que é o reajuste de 2% nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) pela União.
“Temos mais um elemento para estender a marcha, na medida em que os recursos são centralizados na União e a população quer reforma política e serviços de qualidade. Então favorece a reivindicação dos prefeitos contra a centralização dos recursos”, defendeu José Patriota. Ele acredita que cerca de 100 prefeitos pernambucanos deverão comparecer à marcha, sendo que 40 já se inscreveram.
Participou ainda da reunião o secretário estadual de Saúde, Antônio Figueira, que tratou sobre o Projeto de Lei de Iniciativa Popular (Plip) Movimento Nacional em Defesa de Saúde Pública. A proposta fixa que o Governo Federal aplique 10% da arrecadação para a saúde. Atualmente, a União deve investir no Sistema Único de Saúde (SUS) o somatório do valor empenhado no ano anterior somado à variação nominal do Produto Interno Bruto (PIB) do País. Ou seja, não há um percentual determinado, diferentemente do que ocorre nos estados e municípios. Estes devem investir 15% da arrecadação em saúde, e os estados, 12%. A campanha foi lançada em julho do ano passado.
A meta de assinaturas para Pernambuco é de 65 mil pessoas, mas até o momento só foram colhidas 10.048. Assim, a Amupe coordenará uma mobilização para cada município consiga pelo menos mais mil assinaturas até o final deste mês.