Depois de publicar uma carta em que mostrou desconforto com a escolha do secretariado de Paulo Câmara (PSB), o senador eleito Fernando Bezerra Coelho (PSB) tentou, nesta sexta-feira (19), na cerimônia de diplomação, mostrar que as arestas entre os dois foram aparadas. Segundo Bezerra Coelho, os dois conversaram sobre o assunto e uma nova reunião deve ocorrer na próxima semana.
“Com relação ao episódio da formação da equipe, o governador está concluindo a formação da sua equipe e depois a gente senta para conversar e para ver como a gente colabora nas ações administrativas do governo”, afirmou Bezerra Coelho.
Segundo o texto publicado pelo senador eleito, Paulo Câmara teria lhe solicitado a indicação de um nome técnico para a pasta de Desenvolvimento Econômico, que já foi ocupada pelo próprio Bezerra Coelho na primeira gestão de Eduardo Campos (PSB). Na época, ele também acumulou a presidência do Complexo Portuário de Suape.
Na última quarta-feira, o governador eleito Paulo Câmara tentou minimizar o mal-estar entre os dois. Afirmou que já tinha conversado por telefone com Fernando sobre o assunto e que outras oportunidades iriam surgir para abordar a questão.
Paulo afirmou que o senador eleito estava na sua “alta conta” e que a convivência entre os dois era praticamente diária desde abril, quando começaram atuar na campanha eleitoral.
A carta do senador eleito foi divulgada no mesmo momento em que Paulo Câmara anunciava o primeiro escalão da sua equipe. No texto, Bezerra Coelho afirmou que sentiu desconforto por Paulo não ter escolhido um indicado seu. O secretário de Desenvolvimento Econômico de Paulo será Thiago Norões, que ocupou a Procuradoria-geral do Estado até o início de dezembro.
Bezerra Coelho disse, ainda na nota, que queixou-se ao prefeito do Recife, geraldo Julio (PSB), da atitude tomada por Paulo Câmara.
No texto, o senador eleito afirmou que esperava contribuir na formação da nova equipe devido a sua “experiência acumulada de quem já foi prefeito, secretário estadual em três gestões, deputado estadual, federal e ministro”.